Nós

Minha casa sempre foi uma casa de cães. Primeiro veio o Ron, um setter tricolor (não, ele não era torcedor do fluminense, o nome vem da pelagem caramelo, preta e branca!) que ficou abobalhado por uma despressurização na cabine em que ele viajava no nosso retorno ao Brasil. Pouco depois veio a Sally, nossa primeira Welsh Corgi. Quando fomos embora novamente o Ron teve que ficar aos cuidados de conhecidos pois já não podia mais viajar de avião. Infelizmente foi roubado do jardim da casa em que ficou.
A Sally viajou conosco por anos e, depois de diversas cirurgias acabou morrendo aos 12 anos de cancêr. Acho que nunca chorei tanto, era como se eu tivesse perdido o meu bem mais precioso.
Meses após a morte da Sally chegou a Teca, Maria Tereza Farofa de Banana, uma outra Corgi linda. Ela também viveu muito tempo, mas aos 11 anos também teve que ser sacrificada pois o câncer já tinha tomado quase todo o fígado dela. Dessa vez eu já tinha saído de casa, mas fiquei muito triste com a morte de uma cadelinha que eu tinha cuidado desde de pequena.
Por anos depois disso eu desisti de ter cachorros, era muito sofrimento vê-los morrer. Meu pai comprou um outro Corgi, Menino. Uma graça.
Eu sempre tive meus pais para tomar conta dos cachorros comigo, nunca tinha sido responsável absoluta pelo bem estar de uma vida. Eu não precisava de um cachorro!
Até que eu conheci meu marido. Ele tinha uma pastora alemã (tá uma mistura de alemã com belga!) e, nos finais de semana, quando ele vinha ao Rio, eu voltava a ter cachorro em casa...
Foi quando eu notei que cachorro era a melhor coisa do mundo! Num rompante acabei com a minha nova Teca, a Maria Tereza Mingau de Aveia, uma poodle linda e carinhosa.
Como toda mãe neurótica, diversas vezes achei que eu a tinha envenenado, que ela estava mal nutrida, que não estava se desenvolvendo como deveria. Mas ela acabou sobrevivendo aos primeiros 6 meses comigo (e a todo o terrorrismo que a Luna impunha a ela!) e se tornou minha maior companheira.
Por isso essa página... nós!