Depois de ser embarcado numa gaiola pequena, levado ao aeroporto, embarcado em um avião em Londres, voado por 13h seguidas, pousado, desembarcado na pista do Galeão às 21.30h e transportado até um armazém da Infraero, o Menino, cachorrinho do meu pai, achava que poderia ir para casa descansar...
MAS, eis que ele deu de cara com uma Fiscal da Receita Federal que simplesmente não entende a diferença entre um ser vivo e uma carga inanimada! O não dela veio antes mesmo de saber do que se tratava. Depois de fechar a cara disse que não tinha como liberar pois era impossível pagar o imposto depois do banco fechar. Depois que provei que tinha como ser pago no caixa eletrônico até meia noite, ela enrolou, rosnou, fez malcriações, reclamou, comentou que para ela, cachorros, cadáveres e televisões eram a mesma coisa, CARGA. Fez que fez até que resolveu me entregar o maldito DARF às 23.53h. Como louca, atravessei o pátio da Infraero e cheguei ao Caixa a tempo de pagar o maldito DARF a tempo... mas, a mulher tinha colocado o código da Receita ERRADO! Sim... ela ADULTEROU o formulário digital do DARJ (que é feito, PASMEM, em uma planilha do Excell passível de alterações!), escreveu DARF no lugar de DARJ e me deu o formulário para pagamento com o código do DARJ e com o valor totalmente errado! Logicamente não consegui pagar! Por mais que eu corresse e ela mudasse o formulário de volta (coisa que eu nem tinha como provar que estava errado!), não daria mais tempo... e o pobre cachorro foi obrigado a passar a noite ali na gaiola, trancafiado, sem poder andar direito e sem poder fazer suas necessidades (é um cachorro MUITO bem treinado que não urina nem evacua em ambientes restritos nem que isso implique em uma intoxicação)!
Fui para casa ARRASADA... pensando no quanto o pobre cachorro estaria confuso, triste, assustado, se sentindo mal... não dormi nada com todo esse pesadelo... e às 7.40h eu estava de volta no Galeão para reiniciar o processo. Muita burocracia, 2 passagens por bancos, cálculos de impostos, de tarifas, de tributos, todos feito no punho, como na padaria fajuta de um português no interior do Acre. Muito lero lero e bate papo furado mais tarde (sim, porque eles, tentando evadir o trabalho, ficam batendo papo com você e você é obrigado a ouvir e aturar quietinho porque, afinal, se reclamar, não só o seu processo é parado, mas você ainda corre o risco de ser preso por desacato a funcionário público)! Eu finalmente consegui tirar o pobrezinho da gaiola às 11.30h...
Foram 35 horas de confinamento por um capricho de uma funcionária pública que, além de sádica, se demonstrou altamente incompetente, insensível, grossa, e qualquer outro adjetivo negativo que você consiga imaginar!
Não tem como não se revoltar!
Lógico que existem fiscais da Receita Federal que são bons e competentes... mas são os figos podres que estragam o doce todo e não dá para sair dali sem pensar que os funcionários da Receita Federal são uma corja! São anti-profissionais sustentados com o NOSSO rico dinheirinho!
E, ao final do desagravo, fica um enorme elogio a um cachorrinho MUITO especial que, como se nada houvesse, quando chegou em casa, encontrou a Alice e a cobriu de amor!
Seja bem vindo, Menino, ao seu novo lar! Você é o mais novo cidadão carioca!
4 comments:
Estou e não estou chocada. Esperar o que dessa gente, que fazem de nós uns bobões, que à cada viagem os "tememos"?
Nosso problema, sem dúvida, é o medo da impunidade. Acabamos falando: " deixa prá lá; é uma infeliz ( e é mesmo )". O certo seria a denúncia. Mas à quem? à um igaul ou pior que ela?
Como vc disse, existem muitos bons mas são os podres que estragam o doce.
Pena!!
mas que bom que esse new carioca está em casa!!
Bjocas
Minha nossa... que ódio.. que vontade de colocar essa fiscal na gaiola.. e esse bichinho? que fofo.. depois disso tudo tá aí fazendo graça pra Alice.. olha eu amo tanto cachorro que nem sei.. quem não gosta de cachorro, nem sei dizer o que é.. e essa mulher deve odiar os bichinhos...
bjos!
Que absurdo!
Pelo menos a Alice ganhou mais um mais novo irmãozinho...ou será titio? ???
Bjus
Mari, as padarias, porque devem ser mais que duas, no interior do Acre já devem ser informatizadas. Solidária com a noite sofrida do cão e da amiga. Bjs
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